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Por que o sódio é o vilão da hipertensão?

Há cerca de um mês, o Ministério da Saúde informou que, em um ano, as indústrias alimentícias reduziram 1.295 toneladas de sódio em três tipos de alimentos: pão de forma, bisnaguinhas e macarrão instantâneo. A previsão é que a retirada deste elemento alcance mais de 1,8 mil toneladas até o fim de 2014.

As medidas fazem parte de um acordo de cooperação entre o Ministério e a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia) e o objetivo é alertar a população para a mudança de alguns hábitos alimentares, tanto no consumo de sal na hora das refeições quanto na escolha dos produtos em supermercados.

Mas por que o sódio é vilão? De acordo com a nutróloga cooperada da Unimed Cascavel, Marcia Sakr, e a nutricionista associada da Singular, Ana Paula Scholz, o sódio é importante no balanço hídrico da água no organismo, mas, quando consumido em excesso, leva a um desequilíbrio, principalmente relacionado à pressão arterial e à retenção de água.

Por esse motivo, a ingestão exagerada pode ser um dos fatores causadores da hipertensão arterial e está relacionado ao aumento no risco das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, responsáveis por 63% das mortes no mundo e 72% no Brasil. Um terço destas mortes ocorre em pessoas com menos de 60 anos.

Utilizado na conservação e para conferir aroma e sabor, o sódio está presente em muitos alimentos industrializados, como bacon, leite de caixinha, azeitona, milho e ervilha enlatados, bacalhau, pepino e palmito em conserva, carne de sol, sardinha, salsicha, temperos e molhos prontos, mostarda, catchup, margarina com sal, biscoitos salgados, salgadinhos, maionese, shoyo, caldos em pó ou em tabletes, calabresa, sopas prontas, queijos, salame, mortadela, presunto, entre outros. Entretanto, alguns alimentos contêm naturalmente o sódio em sua composição, tais como brócolis, espinafre, fígado, couve, feijão, gema do ovo, lentilha, inhame, etc.

Segundo as especialistas, a quantidade ideal de sódio por pessoa, diariamente, não deve ultrapassar 2 gramas. Para se ter uma ideia, é a quantidade de sal que cabe em uma tampa da caneta Bic. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de, no máximo, 5 gramas ao dia.

Um estudo feito pelo Ministério da Saúde mostra que o brasileiro tem uma percepção equivocada sobre a quantidade correta de sal a ser consumida diariamente, pois acredita que utiliza menos sal do que realmente chega às mesas.

A pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) revelou que 48,6% dos brasileiros avaliaram como médio seu nível de consumo diário de sódio. No entanto, estima-se uma ingestão média de quase 12 gramas por pessoa por dia.

Se o uso de sódio for reduzido à quantidade recomendada pela OMS, o número de mortes por acidentes vasculares cerebrais podem diminuir em 15%, e as mortes por infarto, em 10%.

Para diminuir a quantidade de sódio no nosso dia a dia, a nutróloga e a nutricionista aconselham substituir o sal por condimentos e ervas naturais. Em supermercados, já há diversas opções saudáveis de misturas dessas ervas.

Uma sugestão de receita saborosa para substituir o sal é bater no liquidificador alho em pó, manjericão seco, gengibre em pó, alecrim seco, orégano seco e raspas de limão. As especialistas recomendam que essa mistura seja armazenada no saleiro para que o sal seja usado apenas de vez em quando. Além disso, cada pessoa pode criar sua mistura de temperos.

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