Na maioria dos casos, a hipercolesterolemia não apresenta sintomas. Por isso, uma das principais medidas de prevenção é medir e prevenir o colesterol desde cedo. Quando antes for feito o diagnóstico, melhor será o tratamento.
Uma bomba relógio prestes a explodir a qualquer momento. Essa é a melhor definição para os portadores da chamada hipercolesterolemia familiar, problema que atinge cerca de 800 mil pessoas no Brasil. O número é tão grande que está na mira dos médicos brasileiros. Pacientes diagnosticados com o problema são mais propensos à formação de placas que entopem as artérias e deflagram doenças cardiovasculares.
“São casos em que toda família tem um histórico. Às vezes as pessoas têm hábitos bem saudáveis, se alimentam de forma adequada, praticam exercícios de forma contínua, e quando vamos ver o perfil de colesterol da pessoa é todo alterado e isso vem de gerações”, observa o Dr. Vitor Monteiro, cardiologista especialista em Cardiologia Clínica e Intervencionista.
Na maioria dos casos, a hipercolesterolemia não apresenta sintomas. Por isso, uma das principais medidas de prevenção é medir e controlar o colesterol desde cedo. Quando antes for feito o diagnóstico, melhor será o tratamento. “Ela é assintomática e por isso que, muitas vezes, é um importante fator de risco para a doença cardiovascular, pois ela pode estar com o colesterol alto sem sentir absolutamente nada”, ressalta o médico.
Tratando o problema
Os especialistas apontam que é importante dosar as taxas de colesterol desde cedo, uma vez que, segundo os dados recentes, 50% é a chance de uma criança ter Hipercolesterolemia familiar se um de seus pais é portador da doença.
De acordo com o especialista, o tratamento para a Hipercolesterolemia familiar é mais complexo que para o colesterol encontrado por maus hábitos alimentares. “O paciente deve fazer um exame de sangue para poder dosar o colesterol total e suas frações. Mediante aos resultados alterados, existem algumas medidas a serem tomadas.
Primeiramente é o estilo de vida, adequando a uma alimentação bem balanceada, com acompanhamento nutricional.
Não é como uma dieta, é uma reeducação alimentar. Além disso, uma rotina de exercícios físicos moderados e medicação.”, afirma Vitor.